Monólogo A Dois

sábado, abril 03, 2004

A equipa do Monólogo A Dois tem o prazer e a honra de apresentar: A Disconcordância

Depois de uma profunda análise do texto colocado em baixo, eis que surge a primeira divergência ideológica no seio deste tão coerente blog. Em seguida serão apresentados um conjunto de argumentos que resultam do estudo ponderado, fundamentado e elaborado com o maior rigor possível dentro do mundo académico e científico. Para tal foram utilizados meios de pesquisa bibliográfica únicos que passaram pela leitura de um grande número de jornais (cujo Destak se destacou), assim como entrevistas a desconhecidos xamãs e pais-de-santo, visionamento de canais codificados e ainda outras centenas de recursos.

A Disconcordância:

Acho que estás completamente enganado.
|| Æmitis @ 20:04 ...:::
OS CAVALOS DA GNR

Junto ao pólo universitário da Ajuda, perto da afamada zona do Monsanto, em Lisboa, verifica-se um fenómeno que tem tanto de bonito como de agradável... Os senhores da nossa não menos afamada Guarda Nacional Republicana levam os seus cavalos para lá (tal como os seus cães, que são muito parecidos com o Rex, o cão polícia), talvez para passear.
Para já, acho que esta acção tem como objectivo reprimir os jovens universitários, através de uma pressão subversiva. Esses fervorosos adeptos da manifestação e da cerveja não sabem, mas fontes do Monólogo A Dois confirmaram-nos que está em marcha um plano maquiavélico de deturpação de mentes frescas e fofas. E bimbas. A ministra da educação, a sra. Qualquer Coisa Carvalho (só me lembro daquela faixa acerca das propinas estarem caras para "Carvalho"...), está, em parceria com o Ministro da Administração Interna, a preparar um atentado junto ao Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa, que consiste em colocar os cavalos em todo o perímetro da faculdade, virados de cu para as brancas paredes do edifício. Isto acontecerá após o pequeno almoço dos pobres cavalos, que consistirá numa consistente feijoada à transmontana, para que fiquem bem apetrechados.

Depois, é o que vocês já devem ter imaginado... Centenas de mortos e só algumas baratas sobreviverão...

Mas isto nem é muito mau.

Pior são as bostas que os cavalos têm deixado lá à porta.
|| Filipe Marques @ 19:48 ...:::

sexta-feira, abril 02, 2004

O futebol já foi mais técnico. Ora vejamos este exemplo:

O Nuno Gomes, que não se chama Gomes porque Gomes é do Fernando Gomes, chama-se Nuno Ribeiro, que por acaso é o mesmo nome que o Maniche, que não é Maniche, mas Nuno Ribeiro, tendo o Maniche sido originado no nome de um jogador sueco que jogou no Benfica nos anos 80, de seu nome Manniche. Maniche, que o não é, mas que se chama Nuno Ribeiro, tal como o Nuno Gomes, que adoptou o Gomes do Fernando, é irmão do Jorge Ribeiro, que não tem alcunha porque nunca jogou bem à bola. No entanto, na selecção dos sub-21 já ouvi a chamarem-lhe Maniche. Ora, Maniche é o irmão, apesar de se chamar Nuno Ribeiro, e não o próprio Jorge Ribeiro. Assim sendo, o Petit que não é Petit mas sim Armando, também não pode ser Petit de Estrasburgo, porque toda a gente o conhece do Boavista. Também há quem lhe chame PitBull, mas Petit tem mais a ver com ele. Petit que, por acaso, é também o nome de um jogador francês, Emmanuel Petit, que não se chama Armando. Armando, que sendo o nome de Petit que não é Petit, é também o nome de Armando Sá. E a Armando, há quem já lhe chame até de Petit, devido à sua disponibilidade em campo... Ora se são os dois Armando e os dois Petit, onde é que fica o Petit? Não sei, mas acho que estava na Premierleague inglesa. Ora, o Petit que não é Petit mas Armando (tal como o outro Armando), que veio do Boavista, tal como o Nuno Gomes, que não é Gomes, mas Ribeiro, tal como o Maniche que não é Maniche, mas Nuno Ribeiro, irmão do Jorge Ribeiro, a quem chamam Maniche por afinidade.
|| Filipe Marques @ 17:54 ...:::
Mas elas gostam!

"Mas ele é tão giro! E naquela noite, depois de lhe fazer o jantar, arrumar a cozinha, desinfectar a casa de banho, limpar o pó e organizar-lhe as revistas pornográficas cronologicamente, ele deu-me um ramo de flores... de plástico... Mas deu!! E a intenção é que conta! E ele é tão giro!"
Cristiana Ascenção, Brandoa

Eu sei que esta argumentação pode de facto fazer algum sentido... para quem não a conseguir ler correctamente... para quem não a ler... para quem não! Mas, esta é uma opinião pessoal e ninguém tem nada a ver com isso. Se querem julgar as pessoas pelo que pensam, fazem e dizem então onde iremos parar?! hein?! "O "homem" é um ser mais emocional que racional, não tentem encontrar razão, coerência ou sanidade sequer quando algo se refere a assuntos do coração". (Cátia Vánesse Mais ou Menos Atrevida - edição especial dia dos namorados, 1995, Edições Romance com Paixão).

Que prossigam as vendas, as versões em karaoke e o merchandise de tais românticos inveterados! (invertebrados?)
|| Æmitis @ 11:41 ...:::
O RONAN KEATING

Passados alguns anos do "pseudo-sucesso" dos Boyzone, Ronan Keating, antigo membro da "boys band", continua a fazer furor por esse mundo fora, com as suas músicas estupidamente românticas. Mas não venho para aqui analisar a carreira dessa promessa-certeza-coiso. Não sou pago para andar a perder tempo a recolher informações biográficas e musicais acerca de um dos grandes candidatos a "nulidade cantante do século". Não sou pago, de qualquer maneira. O que quero aqui realçar é a coragem e a mente aberta desse senhor e das meninas que o seguem, veneram e... pronto. Músicas muito evoluídas tecnicamente, com letras de fazer inveja ao nosso grande João Pedro Pais.
Pois bem, vamos ao ponto central. "When You Say Nothing At All" é o título do maior sucesso deste cantor, desde que actua a solo. Bonita, romântica, suave. Aceitar o amor da companheira. Vibrar com as características físicas dela como se de palavras se tratassem...

TRETAS!

"You say it best when you say nothing at all"

"Mais vale estares calada!" ou, numa tradução um pouco mais livre... "Fecha-me essa matraca!"

Pois aquele romantismo todo esconde uma mensagem subversiva, com uma carga altamente sexista, visando a aniquilação dos direitos das mulheres. Numa atitude descarada, Ronan Keating, esse grande senhor do panorama musical internacional, despreza as mulheres, insultando a sua inteligência... E isto choca-me, meus caros. Choca-me.

Mas até acaba por ser engraçado... porque elas gostam!
|| Filipe Marques @ 11:21 ...:::
A FAMÍLIA HERNÁNDEZ

Esta é a história da família Hernández, um casal de honestos trabalhadores mexicanos e seus dois pequenos filhos. Os quatro habitam na cárie do segundo molar inferior a contar da esquerda. O Sr.Hernández trabalha nas minas e estuda a evolução do escurbuto nas sociedades modernas. Sempre que pode, o Sr.Hernández aventura-se na escalada de um dos dois caninos inferiores; mas o seu sonho era fazer uma escalada invertida num dos caninos superiores. Aos domingos, sempre que possível, deleita-se pelo céu da boca e dorme junto das glândulas salivares. A Sra.Hernández é doméstica e durante o dia passeia pelas gengivas e arruma o seu dente. Os dois filhos, um jovem casal, ajudam nas tarefas de higiene oral: limpando as paredes do dente, os canais, aplicando dentífrico e outras importantes tarefas. Às refeições juntam-se todos e comem e tacos e burritos... todos os dias.
Devido à sua dimensão, a família Hernández não vive à mesma velocidade temporal que os humanos: um minuto na vida humana corresponde a uma hora para eles. Assim, a longevidade destes pequenos e trabalhadores seres é muito superior à do homem. Depende daquilo a que se chama: "insanidade temporária", ou por vezes, em vários casos fortuitamente comuns, em: "paranóia maníaco-depressiva - o síndroma dos mexicanos que habitam em cáries".
Na boca, como no mundo, a vida em família revela-se difícil... mas o amor, os laços fraternos entre os seus elementos e uma boa higiene oral podem prevenir o dente mais frágil do caramelo mais persistente.
|| Æmitis @ 02:22 ...:::

quinta-feira, abril 01, 2004

Cá para mim, são burros. E enquanto a vergonha se espalha nas caras dos inocentes, o paspalho olha em redor, segundo regras que finje entender, para que a sua vergonha não se espalhe ainda mais! Entender ou não entender? O tédio, esse, continua entediante e entediado. Perdoem-me os povos das nações, mas a sua vida é inútil perante tal porta divina. Conhecer. Conhecer. E às vezes brincar com o que é sério. E às vezes nem saber o que se quer julgar saber... É tudo relativo. Relativo a nada. O barulho do autoclismo é revigorante.
|| Filipe Marques @ 19:39 ...:::
E ASSIM FOI... MUITOS CHORARAM...

Que estranho animal este que se espalha por tudo o que é espaço (ou gaveta improvisada de cama). Que bizarro é haver quem pense que falar de nada e dizer tanto quanto o que diz sobre o que pensa em relação a nada do que julga saber e desconhecer na sua profunda ignorância... Se num passo em falso, se por algum devaneio extramundano, a razão os tocasse...então saberiam como são...
|| Æmitis @ 19:31 ...:::